A deputada cita imbróglio jurídico e afirmou que Governo não recursos para concluir obra de moda
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) afirmou ser desnecessário um plebiscito para que a população de Cuiabá e Várzea Grande decida entre o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e o BRT (ônibus de trânsito rápido) .
A possibilidade de uma consulta popular é defendida pelo prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) e tenta viabilizar, junto a deputados estaduais que o um projeto para implantação seja apresentado e aprovado no Legislativo de Mato Grosso.
“Não é que eu seja contra uma consulta popular. Mas acredito que seja desnecessária, porque pode ser que a população opte por um VLT, por exemplo, e o Governo não vai conseguir entregar. Não tem como você oferecer alguma coisa que você não consegue entregar”, afirmou a parlamentar durante entrevista a Rádio Conti nesta semana.
Segundo a Janaina, o Governo do Estado apresentou um estudo que devido aos imbróglios jurídicos a conclusão do VLT levaria em torno de 10 anos. Além disso, não há recursos financeiros para investimento no modal.
“Nesse momento o VLT precisa de mais R$ 2 bilhões e o governador [Mauro Mendes] já deixou claro que ele não teria condições de fazer. Assistimos [deputados] uma apresentação de quase quatro horas e saímos de lá conscientes de que não tem como se falar em VLT, porque isso é um assunto que demandaria de 10 a 20 anos para que saísse do papel”, afirmou.
“A guerra jurídica em torno do VLT é muito grande. O problema já causado, as situações das delações, as complicações que foram feitas. Virou um tema espinhoso para se mexer. O governador quer implantar o BRT”, emendou.
Decisão tomada
A parlamentar ainda criticou a postura que o prefeito de Cuiabá tem adotado nos últimos meses quanto a troca de modal.
Desde que o Governo do Estado anunciou o desejo pela troca de modal de VLT para BRT nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, Emanuel se mostrou descontente. A sua primeira ação como prefeito reeleito da Capital foi ingressar com ações na Justiça para tentar barrar a escolha – até agora, nenhuma causa ganha.
“Emanuel teve seis anos para procurar a Assembleia Legislativa, quatro como prefeito e dois como deputado. Ele teve a oportunidade de atrair os deputados para fazer esse diálogo entre o BRT e o VLT. Agora, a decisão pela Assembleia Legislativa já está tomada”.
“Enquanto representantes da sociedade mato-grossense e também da sociedade de Cuiabá e Várzea Grande nós entendemos que a questão do BRT e do VLT não é só do que é melhor e do que é mais bonito, do que vai trazer mais beleza para nossa cidade. Mas sim do que é possível fazer nesse momento”, afirmou.
Janaina se refere ao projeto de lei encaminhado ao Legislativo aprovado e já sancionado que autoriza o Governo do Estado a implantar o BRT no lugar do VLT na Grande Cuiabá.
Fonte: CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO / Mídia News