Pelo fim da violência contra a mulher, deputada fala sobre rede de acolhimento e de mulheres que inspiram outras

Homenageada na manhã desta segunda-feira (06.12), no Comando Geral da Polícia Militar, pelo grupo de mulheres que está à frente do “Conecta 21” – 21 dias ativismo que uniu os coletivos Até Quando, Mulheres do Brasil [Núcleo Cuiabá], Ampara Elas e Virada Feminina de MT, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) ressaltou em sua fala durante o evento o quanto essa rede de apoio é fundamental para incentivar e inspirar mulheres a romperem ciclos de violência.

“Nós, mulheres, que exercemos a função de líderes temos uma missão muito árdua que é a de sermos personagens que agem para proteger as protagonistas que são as mulheres brasileiras. Todas as vezes em que eu me sinto fraca, eu me lembro que sou uma peça fundamental e que preciso estar de pé, defendendo as mulheres que precisam de força, de voz e de representatividade. Essa representatividade que me refiro é a de mulheres que não tenham medo de defender mulheres e de tocar na ferida que é a violência doméstica. As mulheres que conseguem romper com o ciclo de violência são inspiradas por outras mulheres”, disse.

A parlamentar lembrou ainda que o número de denuncias de violência contra a mulher ainda é baixo. Ela citou pesquisa acadêmica da delegada Ana Cristina Feldner que aponta que dos 62 feminicídios ocorridos no ano passado, em apenas em dois deles as mulheres tinham medida protetiva ou registro de ocorrência contra o seu executor. “As mulheres não se sentem segura e acolhidas pelo nosso sistema, infelizmente. E é isso que precisamos mudar”, explicou.

Desde o dia 19 de novembro, as ativistas do Conecta 21 vem cumprindo uma extensa agenda de atividades. Na manhã desta segunda, o objetivo foi levar a Campanha do Laço Branco, dentro de uma corporação onde grande parte é constituída de homens. O evento, além de parabenizar mulheres de coragem, convocou os homens a se mobilizarem em ações pelo fim de todas as formas de violência contra a mulher.

A Campanha Laço Branco teve início no Brasil em 1999, coordenada por uma Rede de Homens que trabalha pela Equidade de Gênero. Mas nascida em dezembro de 1989, em Montreal, no Canadá, após o assassinato de 14 estudantes dentro de uma escola por um homem que aos gritos, dizendo que odiava feministas, ainda 14 outras pessoas, 10 delas mulheres e depois se matou.

Depois desta tragédia e como uma forma de mostrar que boa parte dos homens não compactua com a violência, um grupo de homens canadenses criou a Campanha, chamando-a de Laço Branco, como símbolo da não violência contra a mulher. E ela, graças a Deus, se espalhou pelo mundo.

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