Após reunião no auditório Garcia Neto, no Palácio Paiaguás, realizada na manhã desta quarta-feira (23.12), em que o governo do estado expôs prós e contras e a diferença de valores de implantação entre os modais Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), a vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputada estadual Janaina Riva (MDB), se diz convencida que o BRT será muito melhor para Cuiabá. A parlamentar revela que até antes ter acesso ao estudo técnico ainda tinha dúvidas sobre a viabilidade de ambos.
“Depois de ver todos os pontos do projeto achei corajosa e pontual a atitude do governo do estado. Foram 2 anos de muito estudo, para a tomada de decisão. Antes eu tinha dúvidas a apresentação e o estudo técnico me deixaram convicta de que o BRT é o melhor modal para nossa realidade, inclusive porque pode ser expandido e atender mais pessoas. Isso sem contar na tarifa, que se comparada ao que seria até 42% menor que a do VLT. Conforme o estudo técnico, a tarifa do VLT custaria R$ 5,28, enquanto a do BRT ficaria em R$ 3,04 – o que representa uma tarifa 42% mais barata em comparação com a do VLT”, disse a parlamentar.
Segundo Janaina, a densidade demográfica cuiabana é uma das menores dentre as capitais do País e isso dificulta a implantação do modal VLT, encarecendo a tarifa. “Precisamos ser práticos e olhar para o Futuro. A realidade do Brasil e do VLT como o melhor transporte em 2011 era diferente da realidade que temos hoje. Nesses 6 anos de vida pública, uma coisa eu levo comigo é que temos que ser práticos e não ter preguiça de fazer acontecer e é isso que o governo do estado quer fazer com a decisão pelo BRT. A implantação do BRT vai ser mais barata e menos danosa à população que já sofreu tanto com as obras do VLT. Árvores foram arrancadas, empresas ficaram inviabilizadas com as obras, fora o dinheiro público gasto em algo que agora eu percebo, ser inviável para a realidade da capital”, explica.
O valor da tarifa atrativa do BRT foi calculado em um cenário “otimizado”, em que a frota completa de 54 ônibus seria adquirida pelo Poder Público, e com o investimento de R$ 430 milhões para toda a implantação. Enquanto para o término do VLT, seria necessário mais R$ 763 milhões, que somado com o R$ 1,08 bilhão já pago, custaria aos cofres públicos cerca de R$ 1,8 bilhão.
“O BRT trará uma revolução na mobilidade das duas maiores cidades do nosso estado com a construção até mesmo de ciclovia que com certeza também foi um diferencial e uma tendência mundial. Além do investimento, a construção do BRT trará empregabilidade e movimentará a economia dos locais em que o mesmo passará. Temo apenas uma judicialização por parte do consórcio mas acho que a população já sofreu demais e espera uma união e uma tomada de decisão rápida de todos os poderes públicos”, finaliza.
Fonte: Laura Petraglia/Assessoria de Comunicação