Depois de intensa negociação entre representantes do setor madeireiro de Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (DEM), parlamentares estaduais e federais e o superintendente estadual do Ibama, coronel Gibson Almeida Costa Júnior, sobre o embargo ao sistema de emissão de notas das madeireiras de Mato Grosso que já dura quase 60 dias, ficou acordado que o órgão deve flexibilizar o embargo para as empresas que apresentarem toda a documentação requerida pelo instituto, comprovando a regularidade.
Segundo a deputada estadual Janaina Riva (MDB), que participou da reunião e que tem estado à frente da luta pelos direitos do setor, o manejo da madeira gera milhares de empregos, alimenta milhares de famílias e maioria dos empresários, que anda em conformidade com a lei, não pode pagar por uma minoria que está errada.
“Hoje sem dúvida foi uma grande vitória. Recebi ligações de empresários chorando porque esse mês já não conseguem pagar seus funcionários e se isso persistisse ia precisar mandar embora. Ouvimos hoje sobre o desespero dessas pessoas que estão há 60 dias sem trabalhar. Me preocupava essa demora porque isso vira uma bola de neve. Garanto aqui que ninguém compactua com ilegalidade, só não dá para colocar todos numa vala comum e manter o sistema de trabalho deles bloqueados sem que seus recursos sejam analisados”, explica.
Segundo os empresários mesmo com essa flexibilização acordada na reunião, as empresas ainda terão muita dificuldade de cumprir os requisitos elencados pelo Ibama para a liberação do sistema. O governador Mauro Mendes sugeriu que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) seja assinado com Ministério Público Federal (MPF) e garantiu abrir um diálogo com o órgão, com relação a flexibilização também dos documentos exigidos para o desbloqueio do sistema, principalmente o Romaneio – documento que atesta em que volume encontra-se determinado produto, ou ainda, o conteúdo de determinado volume. Para definir um plano de corte em chapas de madeira, é preciso determinar a organização das peças de acordo com o seu tamanho e posição, este processo é chamado de “romaneio de chapas”.
Fonte: Laura Petraglia/Assessoria de Comunicação