O Ministério Público de Contas de Mato Grosso (MPC) acatou a denúncia feita pela deputada estadual Janaina Riva (MDB) de supostos indícios da existência de um complô entre o governador Pedro Taques e seus secretários com intuito de angariar recursos para a campanha eleitoral deste ano por meio de direcionamento na concessão de rodovias, cujo ‘leilão’ foi realizado recentemente com relação aos trechos de 111,9 km da rodovia MT-100 em Alto Araguaia e de 188,2 Km da rodovia MT-320 | MT-208 em Alta Floresta.
“Recebi em meu gabinete um calhamaço de documentos que trata desse suposto direcionamento da concessão dessas rodovias de Mato Grosso justamente para o grupo citado pelo ex-governador Silval Barbosa em delação por ter doado R$ 4 milhões para campanha de Pedro Taques em 2014, ligado à J&F Investimentos e que tem como sócio Joesley Batista, envolvido na Lava Jato. Cumprindo minha função de cidadã e de parlamentar encaminhei imediatamente ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público de Contas e ao Ministério Público Eleitoral”, explica.
No ofício, o MPC afirma que ao analisar a documentação enviada pela deputada, vislumbra a possibilidade de direcionamento de licitação, oque segundo o órgão, pode estar relacionada à eventual prática de corrupção e financiamento de campanha eleitoral.
Consta da documentação encaminhada pela parlamentar aos órgãos competentes que o Consórcio vencedor do pregão realizado pelo governador Pedro Taques, o Via Brasil, teria entre suas empresas, uma que faria parte do mesmo grupo empresarial da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batistas, envolvidos na Operação Lava Jato.
